O que é o Proconve L7 e como ele afeta as montadoras no Brasil
O aquecimento global é uma realidade. É indiscutível que as mudanças climáticas têm afetado e muito o nosso planeta. Não à toa, julho de 2023 ficou registrado como o mês mais quente da história na Terra.
Uma das principais causas do chamado efeito estufa, são as emissões causadas pelos veículos movidos a combustão. Por esse motivo, diversos países adotaram medidas para controlar os níveis de emissão de gás carbônico.
No Brasil não é diferente: recentemente o país avançou para mais uma fase do controle de emissão. E é exatamente aqui que entra o tão falado Proconve L7. Mas afinal de contas o que significa essa palavrinha estranha?
O Proconve L7
Proconve é a sigla para Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores. Esse programa foi instituído em 1986 e tem como principal objetivo, como o próprio nome diz, controlar a emissão de gases poluentes por veículos movidos a combustão.
Já a sigla L7 faz referência à sétima fase do programa, que começou em janeiro de 2022 e trouxe grandes mudanças. Uma delas tem relação com o nível de evaporação no tanque de combustível.
De forma simples, o combustível emite um vapor tóxico e, até a fase L6, o limite de evaporação permitido era de 1,5g por duas horas. Agora na nova fase, a L7, esse limite é de apenas 0,5g por dia.
Outra novidade tem relação com a emissão de ruídos. Na nova fase do programa, é exigida uma redução no nível de ruído de 1 a 2 decibéis, a depender das características de cada modelo.
Montadoras afetadas
Com essas novas regras, as montadoras precisaram agir sobre os modelos fabricados por elas. Com isso, alguns motores deixaram de ser fabricados e em alguns casos, até mesmo os veículos saíram de linha.
Um dos casos mais conhecidos envolve a Volkswagen: a montadora alemã tirou o Fox de linha em outubro de 2021 para atender ao Proconve L7. Posteriormente, também saíram de linha o Gol e o Voyage.
Outro caso de destaque foi o da Chevrolet, que tirou de linha tanto o Joy quanto o Joy Plus, as versões rebatizadas da antiga geração de Onix e Prisma que tanto fizeram sucesso por aqui.
Mas não para por aí: algumas montadoras já vem anunciando investimentos bilionários no Brasil para a produção de veículos híbridos flex e elétricos, caso das chinesas BYD e GWM.
E isso não é à toa: a fase L8 do Proconve, que tem previsão de entrar em vigor em 2025, vai apertar ainda mais o cerco. Com isso, a eletrificação dos veículos e a motorização híbrida serão alternativas.
A eficiência do Proconve
O programa tem se mostrado muito eficiente ao longo de todos esses 37 anos em execução. Desde que foi implementado, as emissões de poluentes foram reduzidas em 98%, com mais de 60 milhões de veículos vendidos nesse período.
Antes da criação do Proconve, a emissão média de monóxido de carbono (CO) de um veículo era em média de 54 g/km. Atualmente, esse número está em 0,4g/km, uma redução bastante significativa, provando a eficiência do programa.
Resumindo, o Proconve tem cumprido muito bem o seu papel, como apontam os resultados. E se tratando de frear o aquecimento global e as mudanças climáticas, todos os esforços devem ser feitos pelo poder público e pelas montadoras.
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